Follow Up - Carol

A Carol foi na delegacia, e está em casa bem.

Me mandou essas mensagens que já coloquei aqui.

Ela está segura agora, mas continua na mesma casa do agressor. 
Ela vem para o Brasil em Novembro, e o marido provavelmente vai seguir ela, mas ele tem ficha no Brasil. Lá se ele faz alguma coisa, ele é deportado, e ela fica com as filhas.


E me enviou um áudio explicando.
Esse áudio é na voz dela, mas não conta o nome nem o lugar que ela está, mas fala muito sobre a história da Carol.

1. A família do marido da Carol é importante na vila, levaram vários homens para defender o marido.
2. A polícia foi firme porque ela é estrangeira.
3. A Carol tem dois bebês. E a mãe dela, não tem como manter (não seria nem justo) do ponto de vista da Carol ir para a casa da mãe, dar despesa agora, que ela não pode trabalhar. Aqui como eu falei ela consegue com 500 reais viver um mês.
4. Em Novembro, as passagem para o Brasil para as três está menos de 1000 reais.
5. Se ela fosse embora agora, ela perderia a guarda das filhas.
6. A Carol não tem outro lugar para ficar com as filhas por enquanto.
7. A mobilização das mulheres aqui para ajudar, foi fundamental para ela se sentir empoderada o suficiente, e não acuada.
8. Aonde ela mora não tem Uber, não tem quem fala a língua dela, e não é seguro. Mas no momento está calmo.


A Carol é uma mulher forte, e não é uma oportunista. Ela está se submetendo a riscos conhecidos, não por fraqueza, mas porque ela sabe que pode aguentar e quer garantir que não vai causar transtornos para própria família.

Sigo dizendo.
A Carol é minha heroína, e serviu de inspiração no vilarejo dela. Quem sabe aqui, você também se inspira com a história real da Carol.