Olá amigos e amigas, habibos e habibas!
Inspirada pela @egyptvsbrazil, que sempre capricha explicando como funciona o Egito, lugares turísticos e cultura que recentemente colocou nos stories sobre o Egito e o Êxodo, vou montar esse post.
Primeiro, é importante eu explicar que como eu mesma tenho uma visão religiosa do Êxodo por ser cristã, tudo vai tender para essa cosmovisão daqui para frente.
Se você não tem interesse, não precisa ler, mas se você for cristão, com certeza vai gostar muito de ler! Estar no Egito para mim, um dos lugares mais mencionados na bíblia, conectado a tantas histórias, e enxergar as evidências, realmente me faz muito feliz.
Primeiro de tudo,
Faraó na verdade é uma terminologia bíblica para os regentes egípcios. Significa Grande Casa, e era usado pelos egípcios para identificar a família do rei e seu palácio. Após muitos anos, os egípcios e outros historiadores adotaram também o termo faraó para se dirigir a esse chefe de estado.
Quem você acha que foi o faraó do Êxodo? Se você assistiu Príncipe do Êgito, ou Os 10 Mandamentos, provavelmente acredita que o Faraó era Ramses.
Isso acontece pela referência de Gênesis 47:11, aonde diz que José deu a sua família a região de Ramésses.
Bom, muito se discute a respeito das dinastias, sua quantidade, cronologia e etc. Ainda é um assunto muito pesquisado por arqueólogos e historiadores.
Mais recentemente a cronologia foi atualizada com o método de carbono 14, que avalia a idade de sementes, e essa que vai ser a base para as seguintes informações...mas mesmo assim não é inquestionável. Um dos exemplos é a própria erupção do vulcão Santorini é uma das questões que discute a efetividade do método de carbono 14.
O próprio nome DINASTIA vem de um um historiador bastante controverso (Manetão), que depois da unificação do baixo e alto egito, passou a identificar a sucessão de regentes com o mesmo laço sanguíneo (casas-faraó) como DINASTIA (ao todo são 30 dinastias).
A gente tende a imaginar por causa dos filmes, que o bebê no cesto encontrado pela rainha foi uma feliz conhecidência. Mas na verdade, Joquebede foi estratégica. Ela colocou o filho nas margens do Nilo para que a princesa enquanto fazia seu banho ritual o encontrasse exatamente como foi!- o Nilo era sagrado, o deus Rabi. Ela identifica o bebê como sendo hebreu, mas acredita ser um presente dos deuses. Exôdo 2:10 conta que quando ele cresceu foi morar no palácio.
Moisés cresceu com sua ama e mãe Joquebede. Mas a intenção de Hathespuht era colocar ele no trono, não o filho bastardo de Tothmoses com a amante - Tothmoses II.
Inspirada pela @egyptvsbrazil, que sempre capricha explicando como funciona o Egito, lugares turísticos e cultura que recentemente colocou nos stories sobre o Egito e o Êxodo, vou montar esse post.
Sem romantizar a história |
Primeiro, é importante eu explicar que como eu mesma tenho uma visão religiosa do Êxodo por ser cristã, tudo vai tender para essa cosmovisão daqui para frente.
Se você não tem interesse, não precisa ler, mas se você for cristão, com certeza vai gostar muito de ler! Estar no Egito para mim, um dos lugares mais mencionados na bíblia, conectado a tantas histórias, e enxergar as evidências, realmente me faz muito feliz.
Primeiro de tudo,
O Faraó do Exôdo
Faraó na verdade é uma terminologia bíblica para os regentes egípcios. Significa Grande Casa, e era usado pelos egípcios para identificar a família do rei e seu palácio. Após muitos anos, os egípcios e outros historiadores adotaram também o termo faraó para se dirigir a esse chefe de estado.
Quem você acha que foi o faraó do Êxodo? Se você assistiu Príncipe do Êgito, ou Os 10 Mandamentos, provavelmente acredita que o Faraó era Ramses.
Isso acontece pela referência de Gênesis 47:11, aonde diz que José deu a sua família a região de Ramésses.
Agora isso é um problema, porque o faraó Ramses, só foi existir cerca de 280 anos depois do Êxodo, (segundo a cronologia mais popular), o que impediria de ser esse o faraó do Êxodo.
Bom, muito se discute a respeito das dinastias, sua quantidade, cronologia e etc. Ainda é um assunto muito pesquisado por arqueólogos e historiadores.
Mais recentemente a cronologia foi atualizada com o método de carbono 14, que avalia a idade de sementes, e essa que vai ser a base para as seguintes informações...
O próprio nome DINASTIA vem de um um historiador bastante controverso (Manetão), que depois da unificação do baixo e alto egito, passou a identificar a sucessão de regentes com o mesmo laço sanguíneo (casas-faraó) como DINASTIA (ao todo são 30 dinastias).
Olha que da hora esses chápeuzin |
Manetão foi um historiador grego, que utilizou lendas e textos históricos para desenhar a história do antigo Egito - o próprio nome Egito não era o nome que os egípcios usavam!
Egito é um nome grego. O verdadeiro nome, soa muito parecido com Misr (Mihtsáin).
As dinastias mais famosas são a de Menis ou Mané - que é o primeiro a unificar o Egito, a quarta dinastia com Quéops, Quefren e Miquerinos - que ficaram famosos com sua cidade fúnbere - a necrópole que foi admirada até por Napoleão - As pirâmides e a Esfinge.
A 15ª ,16ª e 17ª dinastias são importantes também, porque o Egito foi administrado por faraós estrangeiros. Durante esse tempo, o Egito foi dominado pelos hicsos, um povo semita asiático. Muitos comentaristas atribuem a esse período a história de José do Egito.
Um golpe de estado, retirou os estrangeiros semitas do poder, por um general chamado Amose. O que faz sentido com Exôdo 1:8. Ele foi um faraó que expandiu o Egito e construiu muitas coisas, o que foi bom para o Egito - mas era bem xenofóbico com estrangeiros, escravizando os semitas - inclusive os hebreus.
Mas por que a bíblia não traria o NOME do faraó que tantas vezes falou com Moisés?
A tradição egípcia não mencionava os inimigos. Como hoje a gente fala: Aquele que não dizemos o nome, ou falecido para quem é nosso inimigo, os egípcios raspavam o nome de escultura, rostos, e não mencionavam seus inimigos, apagavam os registros do inimigo derrotado. Isso se vê hoje ainda.O faraó do Êxodo era o inimigo, e por isso não foi mencionado.
No entanto, arqueólogos e estudiosos acreditam que foi na décima oitava dinastia a história de Moisés.
Ahmose, primeiro faraó da dinastia casou com a irmã, para evitar estrangeiros no poder. Seus filhos também, casaram entre si.
Eles tiveram uma filha Ahmose, que se casou com Tothmoses,
(Mses é sempre sufixo de filho - como nosso Son de Everson - e Toth Moses é filho do deus toth, ramses filho do deus ra)
Ele teve uma filha com Ahmose, Hathshepsut. E com uma amante teve um filho chamado Tothmoses II. Os meio irmãos se casam para manter a linhagem real pura.
Como Hathsepsut não tinha filhos homens, ela ficou desesperada. Sempre pedia a Deus por um filho.
Enquanto isso, o povo hebreu foi submetido a um controle de natalidade - ordenaram que as parteiras matassem todos os bebês meninos. Ainda com a lei vingente, as parteiras que são mencionadas na bíblia, Sifrá e Puá, não matavam os bebês, e por conta disso Moisés nasceu.
Provavelmente esse não foi o nome dele de berço, já que Moisés é um nome egípcio. Moisés significa filho de alguma divindade, mas não está o nome da divindade, e provavelmente foi dado para ele pela rainha. Talvez ele foi Rabimoses - Já que Rá era o nome da divindade do Nilo... e tirou o nome da divindade ao se tornar fiel ao Deus verdadeiro.
Moisés de Michelangelo |
Quando no Êxodo se fala "a filha do faraó" significa que ela tinha sangue real, era da da linhagem, mas Tothmoses não.
Hathepsuth ainda assume como faraó, e para isso se veste como homem e usa uma barba postiça.
Ela construiu várias coisas durante seu reinado, mas quando morreu, o filho de Tothmoses II - Tothmoses III vem ao poder, ele invade a necrópole dela, tira seu corpo, saqueia suas jóias, e apaga seus registros nos hielógrafos. Hoje com infravermelho, se pode perceber que esteve ali, desenhado nas paredes ela, ou seu nome, mas foi apagado! Se culpabiliza Tothmoses III, por ser seu inimigo político, já que ainda estão desenhados deuses egípcios e outros pontos da história. Encontraram o corpo de Hathepsut com a cova da sua babá, uma ofensa faraônica!
Quando Hathesput morre, Tothmoses III assume, com mão de ferro e insegurança. Não é da linhagem real, mas está disposto a se tornar. Ele explora os escravos estrangeiros. Enquanto isso Moisés está em Midiã, fugindo.
Quando ele volta para libertar o povo, estava lá Tothmoses III, filho de seu meio irmão de criação Tothmoses II. Ele encontra ainda mais crueldade contra seu povo, e uma intriga política envolvendo os dois. Realmente, Moisés se classifica como inimigo do estado e LIBERTADOR.
Logo, para confirmar que o faraó do Egito é Tothmoses III, o faraó do Êxodo precisaria ter morrido no Mar Vermelho (Ex 14:29), e ter perdido seu primogênito nas pragas do Egito (Ex 19:29).
Mas você pode encontrar hoje, a múmia Tothmoses III. E não foi afogada que essa múmia morreu.
O interessante é o seguinte: Tothmoses III reinou por mais de 50 anos. E essa múmia tem menos de 30 anos. O que permite-se interpretar, que é um corpo para a cerimônia, simbolizando o faraó e permitindo o luto nacional.
Nas paredes, se vê as preces emitidas pela sua vida, e lá se ora pelos AFOGADOS, a quem não se encontraram os corpos.
Católicos na semana santa, no ritual da via sacra, refletem sobre imagens do sacrifício de Jesus, observando os últimos momentos até sua morte. No túmulo dos reis, se contava seus feitos em vida, como um filme, até os últimos momentos - sua morte. Esse ritual pode ser comparado com o antigo costume funerário egípcio.
Que grupo seria esse, que foi morto afogado, sendo que no Egito o Nilo não alagava e era tão importante, que estava escrito a história com a história do rei... |
O filho que se torna faraó é Amenhodep II, porque o primeiro... morreu ainda antes do pai Tothmoses III.
Amenhodep I, morreu adulto - mas como vítima da praga dos primogênitos.
Curioso é que quando Amenhodep II morre, a história registra que o filho primogênito dele também tinha morrido antes do pai.
As 10 pragas são muito interessantes, e todas envolvem uma divindade egípcia. É Deus jogando o jogo da soberania, e ganhando. O papiro Ipuur é utilizado como evidência cristã para as pragas, mas ele apresenta algumas incongruências.
Fonte: Arqueólogo Dr. Rodrigo Silva