Olá amigos e amigas, habibos e habibas.
Eu acredito muito em escrita-terapêutica, e vira e mexe eu escrevo cartas que não entrego, orações, e posts para o blog que não publico.
Mas acredito que quando escrevo, permito que o que eu sinto ganhe outro significado, crescendo em mim, e repercurtindo no universo, criando uma espécie de materialização do meu sentimento. E isso parece místico, mas é na verdade terapêutico.
Algumas vezes eu escrevo para mim, outras vezes para encontrar eco com outras pessoas em experiências parecidas ou diferentes, conectar vivências e expandir o pensamento.
Nessa ideia que começou o Vida no Cairo.
Em pouco tempo aqui, e com menos tempo ainda de blog, já consigo dimensionar o tanto que desabafar - publicando ou não - me ajudou a lidar com as minhas experiências aqui e experiências também de outras pessoas.
O Vida No Cairo me conectou com pessoas de muita luz, amor e fé. E mesmo eu tendo minhas ideias, que as vezes são diferentes, as vezes são iguais - quando encontro pessoas de amor, fé e luz - sempre encontro respeito e espaço para ser eu mesma sem medo e me sentir acolhida. E isso é muito importante, já que estou sozinha aqui.
Estou começando um novo projeto paralelo, o Vida no Egito, que provavelmente vocês ouviram falar. Esse portal de informações conecta 3 mulheres de vivências únicas e perspectivas singulares para mostrar o Egito de verdade, que não é mostrado na mídia, além de entregar informações importantes para quem vem aqui a turismo. O Vida no Egito tem instagram, youtube, facebook e também página.
Além disso, estou escrevendo mensalmente para o Brasileiras pelo mundo, e tentando colocar temas mais densos, com artigos mais complexos. Lá já falei de assédio, e agora vou falar de Mutilação Feminina, e em seguida de História Bíblia do Egito, que são temas muito pouco falados em português mas bem relevantes.
Paralelo a tudo isso, estou escrevendo uma coluna sobre educação infantil, com uma abordagem bem prática e divertida, que vou traduzir para um dos portais de notícia egípcio.
Claro, eu ainda tenho tempo para vida social, espiritual, e trabalho - já que eu vim pro Egito para ser professora de pré-escola. No Ramses Cultural Center está a escola que eu sou professora, e fui abençoada com crianças maravilhosas. Eu não me estressei nenhum dia até agora. O que é uma benção, considerando que tenho que me adaptar a rotina de ser professora nesse momento.
Hoje quando saia as 19h, para ir no câmbio e no supermercado, pensei comigo o quanto já me adaptei. Não saio mais de tarde, embaixo de sol quente e trânsito. Aprendi que tudo funciona de noite, até no mínimo 22h. E agora, saio de noite.
No Metrô, eu vi uma mulher vendendo deliniador, e negociei com ela em árabe. Ela ficou tão feliz e impressionada, que começou a falar bem alto para todo mundo - que eu era egípcia. Me senti em casa. Depois, comprei limões na rua, batata na feira, queijo fresco, e coisas no supermercado que eu aprendi aqui a gostar e usar - cabendo no meu orçamento e agradando meu paladar.
Atravessei a rua no meio dos carros em movimento.
Voltei de metro, sabendo qual metro era o novo, mais confortável.
Foram nos detalhes que fogem da minha antiga maneira de fazer as coisas que eu enxergo o quanto o Egito me obrigou a crescer, e me ajudou a me adaptar.
Me sinto orgulhosa de mim enquanto escrevo esse post.
Quando cheguei aqui não conseguia atravessar fora do sinal, nem sem dar a mão para alguém daqui. Hoje eu puxo a fila. Sei aonde se compra o mais barato, e sei o que comprar também.
Claro que daqui mais 6 meses, espero aprendar ainda mais. De árabe, de costumes, de tudo.
Mas a vida egípcia tem me trazido uma versão minha agradavél.
Mais forte. Melhor.
Eu acredito muito em escrita-terapêutica, e vira e mexe eu escrevo cartas que não entrego, orações, e posts para o blog que não publico.
Mas acredito que quando escrevo, permito que o que eu sinto ganhe outro significado, crescendo em mim, e repercurtindo no universo, criando uma espécie de materialização do meu sentimento. E isso parece místico, mas é na verdade terapêutico.
Algumas vezes eu escrevo para mim, outras vezes para encontrar eco com outras pessoas em experiências parecidas ou diferentes, conectar vivências e expandir o pensamento.
Nessa ideia que começou o Vida no Cairo.
Em pouco tempo aqui, e com menos tempo ainda de blog, já consigo dimensionar o tanto que desabafar - publicando ou não - me ajudou a lidar com as minhas experiências aqui e experiências também de outras pessoas.
O Vida No Cairo me conectou com pessoas de muita luz, amor e fé. E mesmo eu tendo minhas ideias, que as vezes são diferentes, as vezes são iguais - quando encontro pessoas de amor, fé e luz - sempre encontro respeito e espaço para ser eu mesma sem medo e me sentir acolhida. E isso é muito importante, já que estou sozinha aqui.
Estou começando um novo projeto paralelo, o Vida no Egito, que provavelmente vocês ouviram falar. Esse portal de informações conecta 3 mulheres de vivências únicas e perspectivas singulares para mostrar o Egito de verdade, que não é mostrado na mídia, além de entregar informações importantes para quem vem aqui a turismo. O Vida no Egito tem instagram, youtube, facebook e também página.
Além disso, estou escrevendo mensalmente para o Brasileiras pelo mundo, e tentando colocar temas mais densos, com artigos mais complexos. Lá já falei de assédio, e agora vou falar de Mutilação Feminina, e em seguida de História Bíblia do Egito, que são temas muito pouco falados em português mas bem relevantes.
Paralelo a tudo isso, estou escrevendo uma coluna sobre educação infantil, com uma abordagem bem prática e divertida, que vou traduzir para um dos portais de notícia egípcio.
Claro, eu ainda tenho tempo para vida social, espiritual, e trabalho - já que eu vim pro Egito para ser professora de pré-escola. No Ramses Cultural Center está a escola que eu sou professora, e fui abençoada com crianças maravilhosas. Eu não me estressei nenhum dia até agora. O que é uma benção, considerando que tenho que me adaptar a rotina de ser professora nesse momento.
Hoje quando saia as 19h, para ir no câmbio e no supermercado, pensei comigo o quanto já me adaptei. Não saio mais de tarde, embaixo de sol quente e trânsito. Aprendi que tudo funciona de noite, até no mínimo 22h. E agora, saio de noite.
No Metrô, eu vi uma mulher vendendo deliniador, e negociei com ela em árabe. Ela ficou tão feliz e impressionada, que começou a falar bem alto para todo mundo - que eu era egípcia. Me senti em casa. Depois, comprei limões na rua, batata na feira, queijo fresco, e coisas no supermercado que eu aprendi aqui a gostar e usar - cabendo no meu orçamento e agradando meu paladar.
Atravessei a rua no meio dos carros em movimento.
Voltei de metro, sabendo qual metro era o novo, mais confortável.
Foram nos detalhes que fogem da minha antiga maneira de fazer as coisas que eu enxergo o quanto o Egito me obrigou a crescer, e me ajudou a me adaptar.
Me sinto orgulhosa de mim enquanto escrevo esse post.
Quando cheguei aqui não conseguia atravessar fora do sinal, nem sem dar a mão para alguém daqui. Hoje eu puxo a fila. Sei aonde se compra o mais barato, e sei o que comprar também.
Claro que daqui mais 6 meses, espero aprendar ainda mais. De árabe, de costumes, de tudo.
Mas a vida egípcia tem me trazido uma versão minha agradavél.
Mais forte. Melhor.